quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Cooperativismo e as Redes Sociais

De acordo com os dados publicados pelo Ibope Nielsen, 87% dos 37 milhões de internautas brasileiros navegaram pelas redes sociais em maio de 2010. Estamos diante do maior alcance entre os países acompanhados com a mesma tecnologia.

Em busca deste enorme público, mais da metade das empresas brasileiras já utiliza as redes sociais como ferramenta de marketing. Entre estas empresas, estão diversas cooperativas.

Monitoramento de marca, divulgação de lançamentos, pesquisas de informações sobre os concorrentes, interação com o público e recrutamento de profissionais estão entre as atividades mais utilizadas pelas organizações nas redes sociais.

Enquanto aumenta o número de acessos individuais às redes sociais, as sociedades cooperativas ainda continuam conservadoras na utilização destas ferramentas, pois seus gestores ainda estão aprendendo a utilizá-las, conhecendo os desafios, as vantagens e o potencial de cada mídia social.

De acordo com um levantamento global da consultoria Robert Half, 44% das empresas brasileiras permitem o acesso a redes sociais, enquanto 26% proíbem. Estamos diante de uma “cegueira corporativa”, onde os gestores, ao invés de ensinarem seus colaboradores a extraírem o máximo dos recursos das redes sociais, preferem proibir o acesso a estas ferramentas.

Felizmente, algumas cooperativas ignoram essa falta de visão e partem em busca do desconhecido das redes sociais. São inúmeros casos de sociedades cooperativas utilizando o Orkut, Facebook, Twitter, Blogs, entre outros.

Existem no Twitter diversos perfis divulgando o cooperativismo, com destaques para a Aliança Cooperativa Internacional (icacoop) e para as Organizações de Cooperativas Estaduais da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins. Também vale a pena destacar, ou melhor, seguir algumas cooperativas mineiras no Twitter: Unimed BH (unimedbh), Coopmed (coopmed), Coopa (coopa_ptc), Cemil (produtoscemil), Cooprata (cooprata),m Sicoob Nossocrédito (snossocredito), Coocafé (coocafe), Unimed Araxá (unimedAraxa) e Coopserjusmig (coopserjusmig).

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cooperativismo High-tech

Algumas cooperativas investem em ferramentas de TI para aprimorar a relação com os cooperados, clientes e fornecedores, favorecendo a otimização dos processos e o ganho de produtividade.

Apesar do apelo ao investimento em TI é natural que as cooperativas (principalmente, as pequenas e médias) concentrem seus esforços em suas atividades fins, e não em tecnologia.

A revista MundoCOOP (www.mundocoop.com.br), em sua edição n° 39, publicou matéria abordando a mudança de pensamento de algumas cooperativas em relação aos investimentos em TI. A matéria apresenta a necessidade dos gestores analisarem a capacidade de tecnologia que as cooperativas vão precisar para os próximos 2 ou 3 anos ao adquirir as soluções de TI e não somente nas necessidades atuais (princípio básico de um planejamento estratégico de tecnologia de informação).

Esta nova percepção está sendo assimilada por algumas cooperativas (independente do tamanho e ramo). A matéria cita 3 cases de sociedades cooperativas que entenderam a importância do planejamento da TI e agregaram valor ao negócio cooperativista.

O 1° case é o Sicredi, que recentemente, firmou parceria com a IBM e a Accenture (maiores empresas mundiais de serviços e suporte de TI). Na visão do diretor de TI e Serviços do Sicredi Denilson Mascarenhas, apesar de não ser uma empresa de tecnologia, o Sicredi precisa ter acesso às melhores ferramentas do mercado.

O 2° case é o da Cooperativa Agropecuária da Região do Piratinga Ltda – Coopertinga, localizada na cidade de Formoso (MG). A cooperativa buscou no mercado soluções de TI para tornar sua gestão mais eficiente. Segundo o gerente administrativo Charles Valadares, a expectativa da cooperativa é aumentar sua competitividade. Apesar da cooperativa ainda estar na fase de implantação do sistema, vários cooperados já foram visitá-la para conhecer o processo.

Através da utilização de um sistema integrado de gestão, as cooperativas conseguem controlar todos os seus processos e sua relação com os cooperados.

O 3° case é do Sicoob Blucredi, que apresenta o Sisbr como seu destaque tecnológico. Este sistema é utilizado para todos os canais de atendimentos aos cooperados e apoio à gestão de algumas áreas administrativas. Na visão do presidente João Marcos Baron, a cooperativa possui sistemas desenvolvidos internamente, que se vinculam ao Sisbr complementando as funcionalidades necessárias para aprimorar o atendimento aos associados e suprir demandas específicas do Sicoob Blucredi.

Em todos os 3 cases apresentados pela matéria, os principais beneficiados com os investimentos e com o planejamento estratégico em tecnologia de informação foram os cooperados, colaboradores e consequentemente, as cooperativas.

Fonte: Revista MundoCOOP – Edição 39 / ano IX – mai/jun 2010.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

As 100+ Inovadoras no Uso de TI

Infelizmente, as cooperativas mineiras (acredito ser uma tendência nacional), ou melhor, a grande maioria delas ainda não percebeu a importância que o planejamento estratégico de tecnologia de informação possui na condução da gestão das organizações modernas.

Em sua edição de setembro de 2010, a revista InformationWeek apresentou os resultados do estudo das 100+ Inovadoras no uso de TI. Em sua 10° edição, o estudo analisou 256 empresas no período de 03 de maio a 16 de julho.

Entre as 100+ inovadoras, aparecem apenas duas cooperativas mineiras: Unimed BH e Cooxupé. Merece destaque o crescimento destas cooperativas no ranking. Em 2009, a Unimed BH não figurava entre as 100 mais inovadoras, estava apenas na posição de número 125. No ranking de 2010, a Unimed BH é a 43° empresa mais inovadora no uso de TI. Já a Cooxupé, saltou do 81° lugar para a 52° posição.

Alguns resultados apresentados pelo estudo merecem destaques entre eles, a constatação de que as empresas destinam apenas 30% do orçamento de TI para os investimentos estratégicos em tecnologia. As organizações alocam apenas uma pequena parcela de seus investimentos para projetos relacionados à gestão estratégica da TI.

Apesar disso, o estudo mostrou que 69% das organizações entendem a importância do processo de inovação em TI. Elas trabalham com uma estratégia de inovação em TI. No entanto, 57% ainda não adotaram, de forma clara e definida, políticas ou procedimentos de inovação em tecnologia da informação.

A maioria das organizações pesquisadas (60%) busca um alto alinhamento estratégico da área de TI à estratégia do negócio da organização, foco principal do planejamento estratégico de tecnologia de informação (alinhar a TI ao negócio da organização).

O estudo também mostrou que os processos prioritários da área de TI estão relacionados com as atividades de maior valor agregado e viés estratégico para as organizações. Em relação aos indicadores de TI, destaca-se que os principais indicadores estão relacionados à adaptabilidade da área frente os requisitos estratégicos da organização.

No entanto, em relação à estrutura financeira, 47% das organizações ainda enxergam a área de TI como um centro de custos que gera despesas. Apenas 19% reconheceram a área de TI como uma fonte viável de negócios, classificando-a como um centro de lucros, onde os clientes internos (demais áreas da organização) pagam pelos serviços prestados.

O êxito das organizações presentes neste estudo só é possível através de um planejamento estratégico da tecnologia de informação bem elaborado e implantado com eficiência. Deixo uma pergunta aos gestores cooperativistas: será que todos conhecem a importância do planejamento estratégico de tecnologia de informação para a gestão das sociedades cooperativas?