O fenômeno dos sites de rede social mudou completa e rapidamente o modo como as pessoas interagem – em termos de relacionamentos pessoais e profissionais. E sempre há uma ferramenta que milhões de pessoas, em um lugar ao mesmo tempo, com interesses em comum, estão chamando para usar (SAFKO; BRAKE, 2010, p. 30).
As redes sociais são formas de compartilhamento de informações, gostos e idéias entre usuários com as mesmas preferências e estilos. Assim, um grupo de discussão é composto por indivíduos que possuem identidades semelhantes.
Wasserman e Faust (1994) entendem que uma rede social pode ser definida como um conjunto de dois elementos: os atores (pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões ou interações. Para Recuero (2009), uma rede pode ser vista como uma metáfora para observar os padrões de conexão de um grupo social, a partir das conexões estabelecidas entre os diversos atores. Ainda segundo a autora, a abordagem de rede concentra seu foco na estrutura social, não sendo possível o isolamento dos atores sociais e de suas conexões. Lopes (2007) considera as redes sociais como formas de relações entre pessoas e como métodos de interação visando mudanças concretas na vida das pessoas, no coletivo e nas organizações.
Conforme referencia Recuero (2009, p. 25), as redes sociais “possuem elementos característicos, que servem de base para que a rede seja percebida e as informações a respeito dela sejam apreendidas”. As redes sociais representam um conjunto de participantes autônomos, unindo idéias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados. As redes sociais na internet modificam-se em relação ao tempo, construindo um importante padrão para a compreensão destas redes.
No entendimento de Safko e Brake (2010), as redes sociais possuem ferramentas e recursos que possibilitam o compartilhamento de informações e interesses pessoais com amigos, colegas de profissão e outros contatos. Para Marteleto (2001), as redes sociais são valorizadas pelos elementos informais e pelas relações, em detrimento das estruturas hierárquicas.
O termo rede social na internet é utilizado para definir as relações de comunicação entre indivíduos através do computador, conectando pessoas e proporcionando a comunicação através dos laços sociais. Para Recuero (2005), o pilar fundamental das redes sociais é a interação social, ou seja, a busca da conexão entre pessoas, facilitando a comunicação e proporcionando a criação de laços sociais.
O usuário entra em uma das redes, coloca seu perfil, suas fotos e convida amigos para estarem ao seu lado. Isso gera uma projeção geométrica que faz com que uma pessoa tenha milhares de amigos. Uma pessoa tem 100 amigos, que têm mais 100 amigos, que têm mais 100 amigos e por aí vai. A importância dessas redes sociais é tanta que, em 2007, a Microsoft comprou 5% do Facebook por 500 milhões de dólares e, no Brasil, esse fator se torna mais importante ainda, pois o brasileiro é o povo que mais usa redes sociais no mundo, aproximadamente 80% dos internautas participam de alguma rede. Depois do Brasil, vem o Japão, com 67,1%, seguido por França (60,9%), Espanha (59,6%), Itália (59%), Reino Unido (56,6%), Estados Unidos (56,3%), Austrália (52,2%), Suíça (42,7%) e Alemanha (37,7%) (MORAIS, 2009, p. 194).
Em um mundo movido pela capacidade de relacionar-se, o sucesso das redes sociais está diretamente ligado à quantidade e, principalmente, à qualidade de seus integrantes (REVISTA INFO EXAME, 2008).
Na visão de Telles (2010, p. 18) os sites de relacionamento, também chamados de redes sociais são ambientes cujo foco é “reunir pessoas, os chamados membros, que, uma vez inscritos, podem expor seu perfil com dados como fotos pessoais, textos, mensagens e vídeos, além de interagir com outros membros, criando listas de amigos e comunidades”. O autor destaca que as redes sociais reúnem milhões de usuários e inúmeras funções que possibilitam a interação de formas variadas. No entanto, cada rede social possui suas regras definidas, moldando o comportamento de seus participantes. O Facebook é considerado pelo autor como uma das maiores redes sociais do mundo, com crescimento acelerado junto às classes A e B no Brasil. Este crescimento é sustentado por três desejos humanos: compartilhar informação, influenciar semelhantes e manter-se informado (REVISTA VEJA, 2011).
Para as organizações que pretendem utilizar o Facebook como um canal de comunicação, Telles (2010) recomenda que sejam publicadas regularmente, novas informações, fotos e vídeos para que seus clientes fiquem atualizados. O autor também destaca que a organização deve responder aos questionamentos postados pelos clientes nos quadros de discussão em até 24 horas. Para Teles (2010, p. 83), as organizações devem “postar todos os seus eventos, vídeos e fotos relevantes para o Facebook. Atividade consistente e compartilhamento ativo são essenciais para o sucesso no Facebook”. Em agosto de 2010, aproximadamente 600 milhões de usuários da internet em todo o mundo acessaram o Facebook, enquanto que em agosto de 2011, essa audiência global registrou mais de 750 milhões de internautas. No Brasil, essa audiência passou de 9 milhões em 2010 para 28,6 milhões em 2011 (REVISTA VEJA, 2011).