terça-feira, 17 de abril de 2012

As cooperativas e as mídias sociais

As organizações cooperativistas devem se preparar para se adaptarem às novas tecnologias, marcando presença nas mídias sociais e nos outros canais de comunicação via internet. No entanto, devem se adequar e capacitar seu quadro social para a necessidade de geração de conteúdo, pois a criação de um perfil organizacional em qualquer uma das mídias sociais é tarefa simples, o difícil é criar e manter um conteúdo relevante e atualizado. A criação do perfil não é o suficiente, tem que existir um planejamento, identificar qual mídia social os seus clientes estão utilizando, seguir, de forma coerente, as pessoas e organizações relacionadas com sua área de atuação, desenvolver e realizar campanhas de promoção e divulgação de suas atividades e do cooperativismo através das mídias. Se não existir conteúdo, não há seguidores.

O importante é entender que, para manter uma boa relação com as comunidades nos vários ambientes on-line, é preciso cultivar sua presença permanentemente (REVISTA PEQUENAS EMPRESAS & GRANDES NEGÓCIOS, 2011). As mídias sociais possuem potencial para proporcionar uma aproximação entre a cooperativa e o quadro social e entre a cooperativa e seus clientes. No entanto, recomenda-se um debate entre as cooperativas e o quadro social sobre os objetivos, vantagens e desvantagens das mídias sociais para o cooperativismo, visando a elaboração e implantação de um plano de projeto. Algumas cooperativas utilizam as mídias sociais como estratégias para organizar o quadro social. Como exemplo de sucesso, destaca-se a Cooperativa Agropecuária de Patrocínio Ltda (Coopa), onde os jovens utilizam as mídias sociais para troca de informações, participando ativamente da gestão e contribuindo para o desenvolvimento e solidificação da cooperativa no município. Como resultado, a participação dos jovens nos eventos da cooperativa aumentou de forma considerável após a adoção das mídias sociais.

Como qualquer outra ferramenta de tecnologia de informação e comunicação, a utilização das mídias sociais necessita de orientações para que não sejam utilizadas de forma incorreta, sendo percebidas apenas como um canal de entretenimento dentro do ambiente organizacional. As organizações devem preparar e capacitar seus empregados e clientes para utilizar as ferramentas e recursos das mídias sociais, pois estes canais de comunicação exigem uma construção coletiva de conteúdo. Deve haver uma interação em mão dupla e em tempo real. De fato, faz muito pouco tempo que as organizações descobriram o poder das mídias sociais e perceberam que o consumidor não está mais do outro lado do balcão (REVISTA PEQUENAS EMPRESAS & GRANDES NEGÓCIOS, 2011).

As organizações cooperativistas ainda não utilizam de forma estratégica as mídias sociais, pois seus gestores desconhecem suas vantagens e benefícios. A falta de profissionais capacitados para gerar conteúdo, monitorar as ações e gerenciar as informações, adicionados ao desconhecimento e receio de alguns gestores com a tecnologia de informação, são alguns dos fatores que impedem o desenvolvimento de políticas de utilização das mídias sociais como canais de comunicação.

As organizações cooperativistas deveriam utilizar os recursos das mídias sociais para divulgar a doutrina cooperativista, os princípios e valores que regem o cooperativismo, buscando uma maior divulgação do sistema, mostrando os benefícios proporcionados pelas cooperativas aos cooperados e à sociedade. Se as organizações cooperativistas utilizassem as mídias sociais para divulgar os princípios, os valores e a doutrina cooperativista, tornaria o cooperativismo e o próprio sistema cooperativista mais conhecido e “popular”, facilitando o entendimento da “causa” cooperativista.

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